quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Brasileiros rejeitam em maioria esmagadora agenda abortista e homossexualista do partido do governo

 

Matthew Cullinan Hoffman
BRASIL, 7 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — A população do Brasil rejeita de forma esmagadora a agenda homossexualista e abortista do partido do governo, de acordo com um recente estudo conduzido pela agência de pesquisas de opinião pública Vox Populi.
A pesquisa de opinião pública revelou que 82% dos brasileiros desejam manter o aborto como crime, e 72% são contra sua despenalização. As diferenças religiosas só mudaram no último item de resultado marginalmente, com 75% dos evangélicos, 73% dos católicos e 69% das outras religiões se opondo à descriminalização.
Além disso, sessenta por cento dos brasileiros são contra a criação de “uniões civis” homossexuais, enquanto só 35% são a favor.

A pesquisa indica que os evangélicos do Brasil estão tendo mais sucesso do que os católicos em comunicar a condenação de suas igrejas às uniões homossexuais. Embora apenas 19% dos evangélicos tivessem apoiado tais uniões, 37% dos católicos praticantes as apoiaram.
Até mesmo uma maioria de brasileiros não religiosos, 56%, se opõe às “uniões civis” homossexuais de acordo com a pesquisa. Contudo, membros de religiões não cristãs, que geralmente estão ligados às religiões afro-brasileiras, têm a maior probabilidade de apoiar as uniões civis, com 59% a favor.

Os resultados são uma bofetada na cara do partido socialista governista PT e seus aliados no Congresso Nacional, os quais têm feito todo o possível para eliminar as penalidades criminais para o aborto e promover direitos especiais para os homossexuais. Livros, programas de televisão e outras formas de expressão que condenam a conduta homossexual estão sujeitos a multas e outras penalidades no Brasil, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem tentando aprovar uma lei para tornar crime a “homofobia”.

Nas recentes eleições do Brasil, a presidenta eleita Dilma Rousseff foi forçada a fazer uma promessa escrita de não promover uma agenda abortista ou homossexualista se eleita, depois de ver seus números nas pesquisas de opinião pública caírem em face de críticas em massa às posições que ela havia declarado no passado sobre essas questões.
As estatísticas também minam a imagem do Brasil como uma sociedade sexualmente libertina, uma ideia popularizada pelos excessos das celebrações realizadas em suas grandes cidades no Carnaval, período imediatamente antes da estação de penitências da Quaresma. O Brasil tem também sido o local das maiores paradas homossexuais do mundo em anos recentes, as quais têm sido parcialmente financiadas e promovidas pelo governo federal.

Além dos resultados sobre o aborto e a homossexualidade, a pesquisa indicou que uma grande maioria dos brasileiros, 87%, também se opõe à descriminalização das drogas ilegais.

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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

José Serra, Dilma e os Valores Cristãos - Parte I

 

José Serra

Fé e origem política – Católico desde a infância, o paulista de ascendência italiana e doutor em Economia José Serra, 68 anos, começou sua militância política na Ação Popular (AP), mais conhecida como “esquerda cristã”, um movimento político nascido em junho de 1962 a partir de um congresso de jovens católicos em Belo Horizonte reunindo a Juventude Universitária Católica (JUC) e outras agremiações da chamada Ação Católica. Quando a AP aderiu à guerrilha, Serra, que havia sido eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) com o apoio da AP, reprovou a medida de seus colegas.

Durante a Ditadura Militar, foi exilado na Bolívia, França, Chile, Itália e EUA. Durante o exílio, Serra foi abandonando aos poucos a ideologia socialista para aderir definitivamente à chamada social-democracia contemporânea, mais conhecida hoje como “Terceira Via”, uma espécie de “esquerda light” que nega a luta de classes, rompe com qualquer proposta de substituir o sistema capitalista por outro (nem mesmo paulatinamente), porém ainda procurando mesclar alguns pontos do socialismo com o capitalismo, defendendo alguma intervenção do Estado tanto na economia como na vida das pessoas. Popularmente, essa corrente política é denominada também de “política de centro”, embora historicamente essa designação tenha sido usada no Brasil mais para se referir à política do PMDB. A social-democracia se personificou no Brasil, de fato, no PSDB, ao qual Serra é filiado desde a sua fundação.

Aborto – Historicamente, Serra sempre se posicionou contra a legalização do aborto no Brasil, posição que mantém até hoje. Em relação ao tema aborto, pesa contra ele apenas um episódio de 1998, quando congressistas pró-aborto pressionaram o então ministro da Saúde José Serra para que editasse uma Norma Técnica dispondo sobre a excepcionalidade da prática de abortos no Sistema Único de Saúde (SUS) do governo federal em casos de crianças de até 20 semanas (cinco meses) concebidas por meio de estupro. Como a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro (artigo 128 do Código Penal), Serra cedeu e editou a tal Norma, que fez com que o SUS praticas-se pela primeira vez abortos.

É importante lembrar, porém, que Serra publicou a referida Norma Técnica estabelecendo que, para que o SUS aceitasse realizar abortos no caso de estupro, era preciso (1) cópia do Boletim de Ocorrência Policial comprovando o estupro e também (2) informar à mulher – ou a seu representante legal de que ela seria responsabilizada criminalmente caso as declarações constantes no Boletim de Ocorrência Policial fossem falsas. Ademais, ainda naquela época, Serra fez questão de deixar claro que era contra mudar a legislação brasileira a respeito do aborto.

Curiosamente, foi exatamente o primeiro ministro da Saúde do governo Lula, Humberto Costa, do PT, quem baixou em 2004 nova Norma Técnica dispensando a exigência do Boletim de Ocorrência. Dizia a Norma emitida pelo petista: “O Código Penal não exige qualquer documento para a prática do abortamento nesses casos e a mulher violentada sexualmente não tem o dever legal de noticiar o fato à polícia. Deve-se orientá-la a tomar as providências policiais e judiciais cabíveis, mas, caso ela não o faça, não lhe pode ser negado o abortamento”. Com essa decisão do governo Lula, diferentemente do que estabelecia a Norma emitida por Serra, qualquer pessoa poderia simplesmente dizer que sua gravidez era decorrente de estupro, mesmo sem precisar provar, e, assim, praticar aborto via SUS.

Na atual campanha, o candidato do PSDB enfatizou outra vez, e mais de uma vez, ser contra o aborto. Em maio, em entrevista ao apresentador Carlos Massa (“Ratinho”) do SBT, disse: “Não apoiarei nenhuma iniciativa para mexer na legislação sobre o aborto”. Em julho, em entrevista à TV Brasil, afirmou: “No que depender da iniciativa do Executivo, a lei atual [sobre o aborto] ficará como está”. Ainda em julho, na sabatina de presidenciáveis promovida pelo jornal Folha de
São Paulo e o portal de notícias UOL, Serra asseverou: “Considero o aborto uma coisa terrível. (...) Isso [a legalização do aborto] liberaria uma verdadeira carnificina”. E em 6 de outubro, enfatizou: “Eu nunca disse que o MST me agrada, porque não me agrada. Eu nunca disse que era a favor do aborto, porque eu sou contra. Tem amigos que me acham atrasado. Eu tenho minhas razões íntimas, pessoais, de história, para ter essa convicção. Errado é querer enrolar. Chegou-se ao máximo de estampar em primeira página que o PT ia tirar o aborto do programa. O que não tem direito é uma campanha presidencial enrolar. No fundo, é desrespeitar pessoas, os cidadãos. Essa decepção comigo não existirá”.

União civil homossexual – É a favor, mas posiciona-se claramente contra as igrejas serem forçadas pelo Estado a aceitarem realizar “casamentos” homossexuais. Em 1 de maio deste ano, falando no evento dos Gideões Missionários da Última Hora, promovido pela Assembleia de Deus em Camboriu (SC), Serra afirmou que “o Estado não deve legislar sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo em cerimônias religiosas”, pois “essa é uma questão de cada igreja. Cada uma tem liberdade e autonomia para decidir a esse respeito. Seria uma intrusão dizer que tal igreja tem que fazer isso ou aquilo”. E em entrevista à estatal TV Brasil, em julho, Serra reafirmou sua posição contra qualquer imposição do Estado para que igrejas sejam forçadas a realizar “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo, destacando que isso seria ferir a liberdade religiosa no país: “É um assunto em que o Estado não entra, é problema das pessoas. Cada crença tem a sua orientação. Se uma igreja não quer casar, mesmo havendo a união civil, a igreja não pode ser obrigada a isso”.

Legalização das drogas – É totalmente contra. Em entrevista à TV Bandeirantes em Belo Horizonte, em 28 de julho, Serra asseverou que não aceita nem mesmo a legalização da maconha, dita pelos liberais como “inofensiva”: “Sou contra [a legalização das drogas], daria uma confusão. Nem mesmo na Holanda, um país arrumadíssimo, a legalização da maconha deu certo. A maconha é um passo para outras drogas. Defendo uma política de combate às drogas baseada em repressão, educação nas escolas e tratamento”.

FONTE:
Jornal Mensageiro da Paz - Órgão Oficial das Assembleias de Deus no Brasil
Edição 1.506 - Novembro - 2010
CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus

José Serra, Dilma e os Valores Cristãos - Parte II

 

Dilma Rousseff

Fé e origem política – A mineira de ascendência búlgara Dilma Rousseff, 62 anos, bacharel em Economia, é atéia desde a sua juventude de guerrilheira comunista. Ela foi líder nos grupos guerrilheiros Colina e VAR-Palmares, que mataram dezenas de pessoas. Com o fim do Regime Militar, deixou a guerrilha. É uma das fundadoras do PDT e desde 2001 é filiada ao PT. Quase sempre seu nome aparece ligado à ala radical do partido. Pesam contra Dilma o fato de que o conteúdo do Plano Nacional de Direitos Humanos 3, publicado em 21 de dezembro de 2009 e redigido na Casa Civil sob sua gestão, bem como texto original de seu Programa de Governo entregue em julho ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), trazem terríveis propostas da ala radical do PT. Após críticas, os dois textos sofreram alterações.
Estrategicamente, Dilma deixou de assumir seu ateísmo durante a campanha. Em sabatina promovida pelo jornal Folha de São Paulo em 2007, havia reafirmado ser cética em relação à existência de Deus. Em entrevista à revista Marie Clarie em 2009, disse que, apesar de ter sido batizada na Igreja Católica, não praticava religião. Porém, desde maio deste ano, Dilma passou a se apresentar como religiosa, católica, cristã e seguidora da Virgem Maria, mesmo sem ter passado por alguma conversão religiosa conhecida.
Aborto – É a favor da legalização do aborto. Em sabatina à Folha de São Paulo em 2007, afirmou Dilma: “Tem de haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, é um absurdo que não haja a descriminalização”. Em entrevista à revista Marie Claire, edição de abril de 2009, asseverou: “Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização”.
Em 7 de maio deste ano, em entrevista dada ao “Encontro de Editores 2010”, promovido pela revista Istoé, afirmou Dilma: “O aborto, do ponto de vista de um governo, não é questão de foro íntimo, é uma questão necessariamente de saúde pública. Tem que ser seriamente conduzido dessa forma. (...) Sou a favor de atendimento público para quem estiver em condições de fazer o aborto ou querendo fazer o aborto”.

Seis dias depois, em entrevista ao sair de uma missa em São Paulo, Dilma disse sobre a legalização do aborto: “Não é uma questão se eu sou contra ou a favor, é o que eu acho que tem que ser feito. Não acho que ninguém quer arrancar um dente, e ninguém tampouco quer tirar a vida de dentro de si” – comparando o aborto a arrancar um dente.

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, foi um dos líderes pró-aborto no Congresso Nacional. Em julho de 2008, quando orientava a votação dos colegas de partido sobre o projeto de lei para legalizar o aborto, afirmou: “Nossa posição é muito clara: na linha favorável à descriminalização do aborto”.
União civil homossexual – É a favor. Quanto à imposição do Estado para que as igrejas aceitem realizar “casamentos” homossexuais, Dilma não falou até agora nada a respeito.

Legalização de drogas – É contra a legalização de drogas, mas apenas “dentro do quadro que temos hoje no Brasil”. Ou seja, é contra, mas não descarta a possibilidade de, no futuro, sob outras condições, o tema ser discutido. Sobre o tema, declarou em entrevista à TV Brasil: “Não podemos falar em processo de descriminalização de droga nenhuma enquanto tivermos o quadro que temos hoje no Brasil”.

FONTE:
Jornal Mensageiro da Paz - Órgão Oficial das Assembleias de Deus no Brasil
Edição 1.506 - Novembro - 2010
CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

HISTÓRICO DAS LUTAS INCRÍVEIS DO PT



1985 - O PT é contra a eleição de Tancredo Neves e expulsa os deputados que votaram nele ( Beth Mendes, Airton Soares entre outros).

1988 - O PT vota contra a Nova Constituição que mudou o rumo do Brasil.
Anos depois, se arrepende, e diz que a Constituição foi mesmo um marco significativo para o país!

1989 - O PT defende o não pagamento da dívida brasileira, o que transformaria o Brasil num caloteiro mundial e fecharia o mercado de
financiamento do desenvolvimento (vide Argentina hoje em dia, comparado com o prestígio do Brasil).

1993 - Itamar Franco convoca todos os partidos para um governo de coalizão pelo bem do país.
O PT foi contra e não participou...

1994 - O PT vota contra o Plano Real e diz que a medida é eleitoreira.

1995- O PT abre guerra contra o PROER; programa que salvou o Sistema Financeiro Brasileiro propiciando a capacidade de reação que a economia brasileira hoje demonstra.
(os EUA tiveram que adotar programa semelhante agora em 2009/2010, enquanto o PT se vangloria de algo contra o que se opôs no passado recente).

1996 - O PT vota contra a reeleição!
Hoje, defende.

1998 - O PT vota contra a privatização da telefonia, medida que hoje nos permite ter acesso a internet e mais de 150 milhões de linhas telefônicas.

1999 - O PT vota contra a adoção do câmbio flutuante.
(O câmbio flutuante foi uma das medidas mais acertadas, para que a nossa economia não quebrasse na crise de 2000)

1999 - O PT vota contra a adoção das metas de inflação.
(Essa, nem precisa comentar...)

2000 - O PT luta ferozmente contra a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governantes a gastarem apenas (apenas???) o que arrecadarem, ou seja, o óbvio que não era feito no Brasil.
(Até hoje o PT é contra a LRF, pois gosta de "farrear" com o dinheiro dos outros. Vide o escândalo dos "cartões corporativos". Criados e adorados pelo governo Lula da Silva)

2001 - O PT vota contra a criação dos programas sociais no governo Fernando Henrique:
Bolsa Escola, Vale Alimentação, Vale Gás, PETI e outras bolsas são classificadas como esmolas eleitoreiras e insuficientes.

Agora, vamos pensar:
Quase toda a atual estrutura sócio-econômica do Brasil, foi construída no período listado acima!

O PT foi contra tudo e contra todos!
Hoje, rouba todos os avanços que os outros partidos promoveram, e posam como os únicos construtores de um país democrático e igualitário...

Já que o PT foi contra tudo e contra todos desde a sua fundação, fica uma pergunta para que os leitores respondam:
Em 8 anos de governo, quais as reformas que o PT promoveu no Brasil para mudar o que os seus antecessores deixaram?

De 2002 até 2010, só temos à lamentar a profusão de escândalos, corrupção, mensalão, propinas em todas as instâncias do poder...
O nosso "pai dos pobres", o Sr. Lula da Silva, sempre diz que nunca sabe de nada, e finge que não é com ele.

Oito (longos) anos de roubalheira, escândalos e "aparelhamento" da máquina administrativa governamental...
Nosso país, e nosso povo, não merece isso...

Junte seus parentes, amigos, colegas de trabalho, e faça-os ver a verdade; faça-os lutar (e exigir) um país melhor para todos nós!
Simbora???

Papa condena aborto e pede a bispos do Brasil que orientem politicamente fiéis

 

Bento XVI afirmou que católicos devem 'usar o próprio voto para a promoção do bem comum'

28 de outubro de 2010 | 8h 14
    estadão.com.br
    SÃO PAULO - Em reunião em Roma na manhã desta quinta-feira, 28, o papa Bento XVI conclamou um grupo de bispos brasileiros a orientar politicamente fiéis católicos. Sem citar especificamente as eleições de domingo, o papa reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos. "Quando projetos políticos contemplam aberta ou veladamente a descriminalização do aborto, os pastores devem lembrar os cidadãos o direito de usar o próprio voto para a promoção do bem comum", disse.
    Ettore Ferrari/EFE - 27.10.2010
    Ettore Ferrari/EFE - 27.10.2010
    Papa pediu que bispos brasileiros orientem fiéis
    Falando a bispos do Maranhão, Bento XVI reconheceu que a participação de padres em polêmicas podem ser conturbadas. "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade", continuou. O pontífice se posicionou também sobre o ensino religioso nas escolas públicas e, relembrando a história do País com forte presença católica e o monumento do Cristo Redentor, no Rio, orientou os sacerdotes que encampem a luta pelos símbolos religiosos. "A presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia de seu respeito", concluiu.
    Veja também:
    No discurso, o Papa também condenou a eutanásia, classificando a luta contra a prática como um pré-requisito para a "defesa dos direitos humanos políticos". "Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural."
    Polêmica. O aborto e a questão religiosa se tornaram temas importantes na disputa entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), com trocas de acusações de ambos os lados. A disseminação de e-mails dando conta de que, no passado, a candidata petista defendeu a descriminalização da prática é apontada como um dos motivos para o fato de ela não ter vencido já no primeiro turno.
    Setores da Igreja Católica, como a diocese de Guarulhos, chegaram a divulgar notas incitando os fiéis a não votar em candidatos que apoiem o aborto, e com críticas à candidatura Dilma. No último dia 17, a guerra santa acabou virando assunto de polícia depois que a PF atendeu liminar do TSE e apreendeu numa gráfica de São Paulo panfletos encomendados pela diocese, que caracterizaram propaganda eleitoral irregular. O PT acusa o PSDB pela impressão do material, uma vez que a proprietária da gráfica é irmã de um dos coordenadores da campanha de Serra.
    Os dois candidatos se declaram contra o aborto e dizem que não pretendem mexer na legislação em vigor sobre o tema no Brasil.
    Leia abaixo a íntegra do discurso de Bento XVI:
    "Amados Irmãos no Episcopado,

    Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Nos nossos encontros, pude ouvir, de viva voz, alguns dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

    Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à. união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

    Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

    Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, consequência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vita, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo" (ibidem, 82).

    Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sociopolítico de um modo unitário e coerente, é "necessária - como vos disse em Aparecida - uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"" (Discurso inaugurai da V conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

    Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. "Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambiguidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana" (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

    Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve "encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política" (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

    Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baia da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade

    Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Bênção Apostólica."

    Dilma ou Serra?

     
    Publicado por Norberto em 28/10/2010
    Dilma ou Serra?
    Dilma ou Serra? Independente do resultado neste domingo, as Escrituras afirmam que “nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus” (Romanos 13.1). Isto é questão de fé, logicamente. Uma confiança que afirma que em Deus “vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17.28); uma certeza que sustenta a insignificante contabilidade divina dos fios de cabelos da cabeça, que não caem sem a permissão do Criador (Lucas 21.18).

    Desde aquele dia quando Deus criou os céus e a terra (Gênesis 1.1), há outro fio, invisível, de “ouro”, que segue pelos tempos e atravessa a história humana, e que, mesmo sem a maioria perceber, rege o mundo, governos e pessoas. E se o Rei dos reis foi o “santinho” em destaque nesta corrida presidencial, mesmo depois descartado junto aos restos de campanha, ainda continuará mexendo os pauzinhos. Aliás, isto a gente sempre faz – só lembra de Deus na hora que precisa e depois...

    Em todo o caso, governos, por melhores ou piores, deste ou daquele partido, são a mão de Deus, necessários para a ordem e sobrevivência. Pais, mães, patrões, chefes, professores, policiais, enfim, por melhores ou piores, qualquer função existe “porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem” das pessoas (Rm 13.4). O que seria deste planetinha azul sem o comando no lar, na empresa, na escola, no país? Especialmente através do poder público Deus protege e sustenta a família, a vida, a propriedade, a honra e a dignidade do povo, preservando a ordem e a disciplina. Não é por menos a recomendação: “Por isso você deve obedecer às autoridades, não somente por causa do castigo de Deus, mas também porque a sua consciência manda que você faça isso (Rm 13.5).

    Esta certeza – de que este Deus que amou o mundo de tal maneira e que tem o domínio total nas pequenas e grandes coisas – tranquiliza o coração daqueles que dão a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Uma certeza que também faz agir na oração “pelos reis e por todos os outros que têm autoridade, para que possamos viver uma vida calma e pacífica, com dedicação a Deus e respeito aos outros” (1 Timóteo 2.2).

    Marcos Schmidt
    pastor luterano
    marsch@terra.com.br
    Igreja Evangélica Luterana do Brasil
    Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

    terça-feira, 26 de outubro de 2010

    Pesquisa GPP mostra empate técnico com Serra na frente

    Terça, 26 de Outubro de 2010

    O instituto GPP registrou no TRE uma pesquisa onde mostra que o candidato José Serra lidera a disputa com 52% dos votos válidos e Dilma com 48%. Os números são diferentes dos divulgados pela mídia nacional, o que provoca um reboliço.

    A pesquisa ouviu 4.047 pessoas entre os dias 22 e 24 de outubro no país inteiro, “registramos a pesquisa para mostrar para a população e dizer o seguinte: “não viaje, fique na sua cidade e vote. Porque se isso acontecer, o Serra será presidente do Brasil. A eleição vai ser apertada para qualquer um dos lados”, diz o candidato a vice-presidente Índio da Costa.

    Segundo ainda informação do Instituto GPP, o único que acertou os números no primeiro turno, estes números são de uma pesquisa de campo e não do tracking tucano, que faz pesquisa telefônica. De qualquer maneira, eles estão próximos do que tem constatado o tracking: uma vantagem para Serra, mas ainda em situação de empate técnico.

    O Instituto GPP goza de credibilidade e tem um histórico de acerto em pesquisas sobre intenção de votos, que realizou em outras disputas eleitorais, inclusive no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, quando acertou o resultado.

    A pesquisa foi registrada no TER sob o número 37.219/2010



    Por Tibério Canuto